quinta-feira, 1 de junho de 2017

acalanto

a dor sua, que foi, e é um pouco minha. a sua alegria, a sua insegurança, o nosso desconforto, que vira conforto. que vira porto seguro. aos poucos vamos entendendo o que é partilha. e como falar de si é também falar do outro. assim como ouvir o que o outro tem a dizer - é ouvir nós mesmos. é dar atenção. é dar o tempo. seu tempo. que vira nosso. que vira um todo. é reconhecer-se fora de si.
é não tá mais só. mesmo com a alma que parece ser - e muitas vezes é - tão solitária. que vaga. vaga. vaga. e é tão cheia. que transborda.
é como se as almas não só se reconhecessem, se encontrassem... mas se abraçassem.

é acalanto.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

nota solta


Entre um café e outro, mensagens, telefonemas, e uma vida todinha lá fora que se confunde com esse mundo virtual. Ambos caóticos. A mente cada vez mais inquieta, o coração acelerado, o corpo descuidado. Por ora, nada faz muito sentido.
Tenta se organizar, se acalmar. Respira fundo. Nessa busca quase que incansável por si, por compreender-se, e amar. É mais fácil se perder que se achar...
e mal sabe que se perder muitas vezes é se encontrar.

terça-feira, 18 de abril de 2017

quisera

Quisera eu 
sentir menos, 
às vezes.

Reparar menos. 
Ser menos, 
e não essa imensidão toda.
Que chega dói. Que chega pesa.

Quisera eu 
ser leve, 
às vezes.

Relevar, e revelar 
uma calmaria nesse caos.
Que chega, 
apenas.

Quisera eu...

que sente,
que vive,
que sonha,
que quer...

em excesso,
de um vez,
agora...

uma calmaria
e uma imensidão.